Há um ano, as Nações Unidas aprovaram oficialmente o ano de 2022 como o Ano Internacional do Vidro. A celebração foi apoiada por 1.140 entidades, desde sociedades científicas e artísticas, fabricantes e fornecedores de vidro, universidades, centros de investigação e museus, de 90 países do Mundo, incluindo Portugal.
Agora, diferentes associações e federações da indústria vidreira reuniram-se em Madrid para inaugurar oficialmente o Ano Internacional do Vidro (IYOG), partilhar todos os usos e benefícios deste material de embalagem único e celebrar o seu papel central na evolução da sociedade.
Alicia Durán, presidente do Ano Internacional do Vidro 2022 reforça que, “o vidro vidro é um material versátil com múltiplas aplicações, que acompanha a humanidade há milhares de anos, contribuindo para um desenvolvimento sustentável e justo. Atualmente é um material essencial em setores-chave como a energia renovável, biomedicina, agricultura, eletrónica, informação e comunicações, óptica ou aeroespacial. E, claro, também é fundamental para a arte e museus”.
Todas estas aplicações, juntamente com o facto de o vidro ter uma papel de liderança em 11 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Agenda 2030, contribuíram para a ONU, após um intenso trabalho partilhado com todo o setor internacional de vidro, designar 2022 como o Ano Internacional do Vidro. Cientistas, educadores, engenheiros, fabricantes e artistas de vidro são os protagonistas deste ano, juntamente com a sociedade civil, destinatária e participante em milhares de atividades programadas em todo o planeta. Este compromisso foi confirmado também pela revista Nature, que apontou na sua edição de novembro de 2021 que “O vidro é a joia oculta para gerar um futuro neutro em carbono.”
Durante o evento, Karen Davies, Secretária Geral da Associação Nacional de Fabricantes de Embalagens de Vidro (ANFEVI) apresentou o Relatório de Economia Circular da Indústria, com todos os detalhes sobre o desenvolvimento deste sector.
Para Karen, “o relatório evidencia como a indústria das embalagens de vidro tem avançado com o seu compromisso com o meio ambiente, apesar das complicações recentes com a crise pandémica. Trata-se de um setor considerado essencial durante as diferentes fases do confinamento, garantindo embalagens naturais, seguras e ecológicas para a indústria alimentar, que depois de um ligeiro decréscimo em 2020, atingiu máximos históricos de produção em 2021, muito devido às tendências de consumo mais sustentáveis e aos desenvolvimentos na indústria para reduzir a sua intensidade energética e as emissões, apostando ainda no desenvolvimento local e nas matérias primas de proximidade.”
Ainda no contexto da economia circular, Beatriz Freitas, Secretária da AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem) de Portugal, destaca porque as embalagens de vidro são um exemplo de economia circular: “Há poucos materiais tão circulares como o vidro de embalagem. A embalagem de vidro é 100% e infinitamente reciclável e sem perder nenhuma propriedade/característica ou matéria constituinte ao longo da sua vida e, ainda, completamente inerte. Quer isto dizer que uma garrafa de 150g hoje, pode voltar a ser uma garrafa de 150g daqui a 100 anos”.
A inauguração oficial do Ano Internacional do Vidro (IYOG), em Madrid, faz parte de uma série de atividades que terão lugar este ano com o objetivo de promover a importância tecnológica, científica, cultural e económica do material mais puro e 100% reciclável. As ações em torno do Ano Internacional do Vidro reforçarão a sua importância no nosso quotidiano, nos mais diversos momentos, seja por exemplo na conectividade ao mundo com os ecrãs, na nossa alimentação, na nossa proteção, na indústria farmacêutica, na decoração, e nos mais diversos campos da inovação científica.