O ano de 2022 foi um marco para a mobilidade elétrica em Portugal. Segundo dados da rede Mobi.e, no último mês de dezembro, pela primeira vez foram superados os 250 mil carregamentos mensais. Foram mais de 2 milhões e 490 mil carregamentos na rede Mobi.e, o que representou um aumento de 80% em comparação com o ano anterior.
Na direção deste crescimento, a Power Dot, maior empresa portuguesa a operar com carregadores elétricos na Europa, intensifica os trabalhos em 2023 para atingir a meta de ter, somente em Portugal, 2 mil pontos de carregamento até 2025 e chegar a 4 mil pontos em 2030. Atualmente, a empresa possui no país 850 pontos de carregamento em operação e mais 500 em instalação.
Na Europa, a meta da empresa é chegar aos 27,5 mil pontos de carregamento em 2030. A Power Dot está presente nos mercados de Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Polónia e Bélgica –, contando com mais de 80 colaboradores, um número sempre em crescimento.
A Power Dot é uma empresa portuguesa que surgiu no mercado em 2018 com um modelo de negócio inovador, uma vez que assegura de forma 100% gratuita a instalação, a gestão e a manutenção de carregadores para veículos elétricos.
PARCEIROS
De acordo com o CEO da Power Dot, Luís Santiago Pinto, um fator que distingue a empresa no mercado de carregadores elétricos são as vantagens oferecidas aos parceiros. “Para os proprietários dos espaços nós somos ótimos parceiros, pois, sem qualquer investimento, atraem mais clientes e ainda recebem parte da nossa receita”, avança o executivo.
Em outubro de 2022 a Power Dot assinou parceria com a Accor (multinacional do setor de hotelaria) para instalar carregadores elétricos nas unidades do grupo. A operação arranca em breve com projeto-piloto em 114 parques de estacionamento, podendo contemplar no total cerca de 1,8 mil hotéis como Ibis, Mercure, Novotel, Pullman e Sofitel.
EFICIÊNCIA
Um dos pilares da Power Dot é a eficiência nos seus serviços. Todos os projetos de instalação dos pontos de carregamento são precedidos de um detalhado estudo técnico que avalia a rotina dos condutores. “O objetivo é proporcionar aos utilizadores de veículos elétricos (UVE) uma experiência de carregamento mais positiva, na medida em que não perdem tempo com desvios”, explica o general manager da Power Dot, José Maria Sacadura.
Para isso, a empresa foca seus projetos de instalação em parques de estacionamento de acesso público de, shoppings, supermercados, retail parks, restaurantes, hotéis, ginásios, hospitais e municípios. Além disso, para garantir mais eficiência a nível de usabilidade e de sustentabilidade, a seleção dos carregadores – normais, semirrápidos, rápidos e ultrarrápidos – é efetuada com base num estudo detalhado relativo ao tempo médio de permanência dos usuários nos locais.
José Maria Sacadura adianta que a empresa tem como missão, “ajudar a cumprir as metas de redução das emissões de carbono. Por isso, estarmos onde as pessoas estão é uma solução que gera confiança e, por consequência, aumento da procura de viaturas elétricas.”
NÚMEROS DO MERCADO
Segundo dados da Mobi.e, durante o ano de 2022:
– Os consumos de energia em relação ao período homólogo aumentaram 110%, fixando-se em cerca de 36.650 MWh.
– O número de utilizadores também subiu significativamente, 77% em relação a 2021, com mais de 105 mil condutores a usarem pelo menos uma vez um dos postos da rede.
– 2022 também ficou marcado pelo alargamento da rede de acesso público aos 308 municípios.
– O ritmo de crescimento da infraestrutura de carregamento superou em 45% o recorde do ano anterior, crescendo de uma média de 20 para 29 postos de carregamento instalados por semana.
– A 31 de dezembro, existiam mais de 3,1 mil postos de acesso público, o que significa um aumento de cerca de 50% em relação a 2021, correspondendo a mais de 5,6 mil pontos de carregamento.
– Em termos de potência, houve também uma subida superior a 70%, quando comparamos com o ano de 2021, rondando atualmente os 166 mil kW.
– Neste início de ano, um terço da rede Mobi.e é constituída por postos de carregamento rápido ou ultrarrápido, isto é, com potências superiores a 22 kW.